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O que se faz na escola?

  • Luiz Carlos Marotta Jr
  • 26 de jan. de 2015
  • 3 min de leitura

O que é estudar? Aquisição de conhecimentos? Flexionar e desenvolver minha estrutura cognitiva até eu me tornar alguém apto neurologicamente ao desenvolvimento? O que eu devo priorizar? Estrutura (formação do eu) ou processos (didática e tecnologia)?

Se fosse apenas processos a escola não teria sucumbido, pois qualquer matéria formaria cidadãos com senso crítico. Se fosse apenas estrutura o bullying levaria vantagem sobre outras aprendizagens, visto que essas experiências marcantes nos moldam para melhor ou pior no futuro.

O aluno é representado por uma hierarquia de proficiência sociocognitiva nas instituições de ensino, a saber: 1º federal, 2º particular, 3º municipal e estadual.

O socioconstrutivismo é um 14 bis que estacionou e esqueceu-se de se tornar jato. A ideia inicial era boa e carecia de muletas didáticas e psicossociais adicionais. Autonomia deve ser seguida de consciência das responsabilidades, o Estado sob a chancela do governo ao negligenciar a autoridade do professor e reverenciar o objeto em estudo pelo sujeito-criança se esquivou de capacitar seus professores. Assistimos a falência do sistema de ensino no mundo todo, O Brasil é o campeão da incompetência didática e o resultado está no ranking e estatística.

O ser humano precisa ser estimulado a aprender, caso contrário a preguiça mental irá agregar-se ao DNA ancestral e o que vemos não é vaticínio é real; crianças e adultos que não compreendem textos, habilidade interpessoal sendo destruída pela era digital, novidades inócuas que não resiste a qualquer livro pueril do século XX e um absurdo de dinheiro gasto com educação para nada. Quanto se despende de energia ineficaz em nosso planeta sobre movimento em detrimento ao desenvolvimento? É muito movimento, eventos, reuniões e um cipoal de movimentos, enquanto na Coreia, Japão ou china um estudante estuda 12 horas destruindo sua capacidade de sonhar, ter paixão por algo ou ter criatividade em insights, eles estão aprendendo a copiar e reproduzir o que alguém fez, se tornando competitivos, técnicos e nunca um Stevie Jobs, Zukemberg ou algo assim.

Enquanto no Brasil o mesmo modelo se aplica sedimentado pela doutrinação ideológica e preguiça mental fomentando a já combalida estrutura neural do imbecil coletivo que tanto o processo didático corroborou, o sistema de ensino se baseia no processo de reprodução e não de criação.

Nossos exemplos estão refletidos no caos social, mídias e em nosso ambiente familiar. O sistema não cria estratégias inteligentes que fomentem a criatividade e a inteligência emocional por que simplesmente quem elaborou não as possui. O radar cognitivo esteve ligado para benefícios pessoais, políticos e ideológicos, desligaram o radar do desenvolvimento desde o professor na era da disciplina. O estudante foi se tornando aluno e ninguém viu. Ocorre que estamos em uma transição um tanto confusa com nossos estudantes, aqueles que se destacam estão presos a uma disciplina familiar que segue preceitos e algumas rotinas obrigatórias ou algum ambiente enriquecido por leitura e artes, onde a criança ouviu bastantes histórias dos pais e a percepção auditiva se aperfeiçoou neurologicamente criando projeções visuais complexas. Diálogo interno muito assertivo, suas incursões no campo da comunicação é objetiva e focada e sem discurso paralelo dos padrões inconscientes gerando Gap nas sinapses. Tal condição o impulsiona a ser destaque e brilhar onde quer que esteja, pois entende e assimila informações e sínteses mais rebuscadas.

Então a fatídica pergunta se refaz. O que se faz na escola? Uma forma de ajuste psicossocial para atender uma demanda de exigência da sociedade que exige o mínimo do cidadão para poder se comunicar entre si. Desde a mãe do traficante ao pai do viciado, do vereador comprometido em alianças difusas e escusas ao presidente de estilo evasivo, há um apelo convencionado pela praxe social, é como 1ª comunhão ou batismo, tem que fazer, mesmo se não praticar, conquanto que cumpra com esse pequeno dever para a consciência, e assim vai. As estâncias se justapõem em mediocridade num organograma complexo e falido de ideais, conceitos, filosofias, pais, ambiente, Estado, política e o protótipo quase inocente do aluno refletindo tudo isso.

 
 
 

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